6 de agosto de 2008

Fantasia

Não me lembro de alguma vez ter sido criança...É como se sempre tivesse sido adulta num corpo à espera de ter a idade certa... Não me lembro de uma inocência despreocupada...

Sempre soube que estava à espera... à espera do havia de vir.

Enquanto as meninas brincam com as suas bonecas num mundo imaginário de faz de conta, eu aguardava e treinava-me para o momento.

Não o senti chegar mas ele instalou-se... o momento...

Agora é a minha vez de ser criança, de ser inocente... agora tenho tempo para sonhar e desejar o impossível...

Uma Ilha Deserta, uma Casa de Pedra junto a uma Escarpa Escocesa, uma Biblioteca com todos os livros alguma vez publicados e tempo para -los todos, um Ferrari vermelho com motorista, um Tigre Branco por animal de estimação e poder trata-lo como um Gato, uns Sapatos de Salto Alto Vermelhos e elegância suficiente para poder usa-los. Sem o saber, mudar significativamente a vida de uma pessoa para melhor. Quero sentir-me bem. Sentir areia fresca e molhada nos pés, num passeio à beira mar, vestida de branco. Ser uma guerreira saida de um conto de fadas...

E os sonhos realizados? ... sinto-me grata...

O abraço forte do meu homem ao fim de um dia longo e cansativo, ficar sem me mexer 2 horas porque tenho o gato a dormir ao colo. A maravilhosa sensação de voltar a ''casa''. Seja ao rever a terra onde nascemos, ou cheiro da casa da avó cheia de riso de primos grandes e pequenos... o olhar mais inocente do mundo vindo da Mafalda, a cadela, depois de ter feito um grande disparate e eu não ser capaz de ralhar com ela...


Viva o mundo do faz de conta! Que venha todos os dias para colorir de sonhos a vida real cheia de nuvens negras...

Quem é que nos pode impedir?

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