30 de janeiro de 2009

SONETO DE SEPARAÇÃO





De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.



De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.



De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente


Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinícius de Morais(Antologia Poética)


Lamento imenso, MISS. Uma lágrima de tristeza para ti!!

27 de janeiro de 2009

Let me kiss you











Muda e Calada... devia estar!


É assim que me sinto... tenho alturas em que me secam as palavras...


É em dias como este que me apetece vaguear pelo meu imaginário... para ver se lá encontro, o que não existe na minha realidade. O meu imaginário é tão mais rico... mas hoje parece envolto numa neblina densa.


Em dias destes, devia estar calada...

E surge então a dualidade: quero falar, preciso de falar... mas não tenho nada para dizer!